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na Tailândia: Mercado Flutuante e Templo dos Tigres

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Acabei de receber as fotos oficiais do meu casamento e quase morri de vontade de mostrar tudo pra vocês! Mas são mais de duas mil fotos, e sei que selecionar apenas mil e oitocentas para mostrar aqui não será uma tarefa fácil...hehehe

Enfim, antes de falarmos sobre isso, vamos falar um pouco mais sobre a lua de mel? Sobre os arredores de Bangkok? Porque ainda tenho tanto para contar sobre lá antes de descer a Tailândia rumo às praias...Hoje quero contar sobre um dos momentos mais espetaculares que já vivi nessa vida. Um momento que sei que terei bem gravadinho na minha memória até o dia que eu ficar bem velhotinha, gagá e banguela. Mas antes, vamos dar uma passadinha ali no mercado para comprar umas armas e munições? Te encontro no barquinho!




Por mais weird que possa soar, sim, a cerca de 100km ao sul de Bangkok, existe um mercado totalmente diferente de todos os outros que você já viu na vida. Carinhosamente conhecido como o "Mercado Flutuante", nos marcou como uma experiência pra lá de peculiar. Porque é um mercado local, para tailandeses, nativos da área. Digo isso porque vimos muito poucos turistas por lá. Talvez por ser distante, talvez por não conhecerem, não sei! Só sei que, como planejadores de viagens que somos, já sabíamos tudo sobre ele meses antes de aterrizarmos na terrinha, e não poderíamos nunca deixar o mercadinho fora do nosso roteiro.

Trata-se de um mercado às margens de um grande e estreito rio. Quando nosso motorista ( bff ) nos deixou no local para pegarmos o barquinho, logo fomos servidos com água (copinho lacrado) e água de coco de graça. Não estamos acostumados com essas regalias, então olhamos torto, agradecemos, thank you,but no thank you. Nunca se sabe né? Havíamos acabado de chegar na Ásia e não sabíamos ainda como agir. Mas logo percebemos que aquele povo é mesmo muito hospitaleiro e gentil. Foi a primeira e única vez que negamos algo de graça! #aquelaspobres
O fato é que, ao entrarmos no barquinho, logo começamos a navegar pelo rio estreitinho, e pudemos analisar atentamente todas aquelas pessoas que viviam em palafitas em suas margens. Vimos como era a vida daquele povo, que ficava sentado à beira do rio lavando roupa, que jogava "bola" com latinhas que, vira e mexe caíam na água, que usavam os barquinhos como condução para ir à escola. Fomos percebendo que estávamos de fato entrando em um ambiente extremamente residencial e familiar. Ficamos encantados com tudo aquilo. Até que nosso "capitão" resolveu acelerar o "navio". Após alguns quilômetros de muita água e palafitas, fizemos uma curva e finalmente desaceleramos. Entramos no meio de um mercado, um mercado grande, incrível, mucho louco! Era o tão esperado "Mercado Flutuante", e mais uma vez, nossos queixos foram lá no fundo do barquinho. Para onde olhávamos - e não olhávamos- haviam pessoas gritando palavras que lembravam vagamente um inglês. Percebemos que era conosco, já que não haviam muitos turistas por lá. E eles ofereciam de tudo. Tudo! Como eu disse lá em cima, de artigos religiosos e condimentos a armas de fogo. De frutas fresquinhas da estação a cobras e escorpiões. Pessoas de todas as idades, desde criancinhas de 6 aninhos a senhorinhas que aparentavam ter bem mais de 80, estavam todas com um sorrisão enorme no rosto (muitas vezes sem nenhum dentinho), afim de te convencerem a comprar as maravilhas que estavam à venda. E não se engane! Eles não querem que você compre alguma coisa, eles querem que você compre tudo! É você sorrir para a canga com a bandeira da Tailândia que eles começam a te oferecer chocolates e aparelhos de barbear para acompanhar. Perdão, mas eu ficava tão nervosa com tanta pressão que não comprava nada.



Ficamos algumas horas no mercado, e depois, voltamos para nosso carro prontos para passarmos mais duas belas horas sentados no banco traseiro. Mas meu Deus, como valeria a pena! Eis que duas horas depois chegamos finalmente ao tal lugar incrível que tanto enfatizei no início do post. Chegamos ao Templo dos Tigres.

Muitas pessoas já estiveram em zoológicos onde a interação entre humanos e felinos gigantes é possível, sei que aqui bem pertinho na Argentina mesmo existe um parque assim. Mas este lugar é diferente. O clima é diferente, a atmosfera é diferente. Aqui os tigres estão por toda parte, um maior do que o outro, porém sempre acompanhados de seu monge. Tiramos fotos com os grandalhões, obviamente nos borrando de tanto medo. Eles são enormes, e se portam algumas vezes como cãezinhos. Cesinha ficou amiguinho de uns moleques que eram guias, então teve umas regalias a mais, como tempo extra com um bichano ou outro. Um deles virou de barriga para cima e meu amado marido passou alguns breves segundos acariciando a barriga de um tigre de três metros de dentes afiados, bem debaixo dos meus olhos. Imaginam o desespero?



Mas bem, este ainda não foi o grande momento de nossas vidas. Os minutos a seguir foram.
Compramos um pacote que nos daria direito a alimentar tigrinhos, filhotes, por meia hora. Acontece que faltava uma hora para fechar o parque, e nosso grupo, composto por Cesinha e eu, era o último do dia. Preciso comentar o resultado? Passamos uma hora e quinze minutos fechados em um espaço, com uma funcionária local, uma loirinha que era voluntária, lá da Suíça (que nos ensinava sobre como lidar com os bebês e tudo mais) e O-I-T-O filhotes de tigre. Será que vocês conseguem visualizar o momento? Cesinha, eu e OITO tigres filhotes, cheios de vigor e vontade de brincar? Eles realmente pensam que são pequenos poodles, querem brincar de te morder e te pedem carinho com suas pequenas pesadas patinhas. E como brincar com eles machuca,viu? Eu saí toda roxa, toda arranhada, com a calça recém comprada, completamente esburacada e a camiseta cheia de barro. Por sorte não estava com minha blusa (lembram que alguns lugares têm dress code? Lá não podia entrar com ombros de fora, então tive que comprar essa camisa lieeeenda do tigrinho).
Sensação inigualável, me senti completamente conectada a eles e apesar de ter sido uma brincadeira dolorosa, foi a mais deliciosa de toda a minha vida.
A parte mais interessante foi a que veio nos quinze minutos finais. Como o parque já estava fechado, nos trancaram naquela "gaiolona"e nos pediram para esperar até que os tigrões adultos terminassem de se alimentar, para que pudéssemos ir embora. Aceitamos, não queríamos ir embora mesmo! Mas o que eles fizeram foi soltar TODOS os tigres gigantes do parque ao redor da nossa "gaiolona". Eram 360 graus de tigres, e foi nesse momento que todas as nossas dúvidas quanto à saúde dos animais chegou ao fim. Tivemos a plena certeza de que nenhum animal é dopado, vi com os meus olhos a transformação dos tigres quando se afastavam de seus monges. Confesso que fiquei muito intrigada, achei realmente estranha a relação deles. A minha sensação é de que os tigres estavam hipnotizados, porque foi só os monges os deixarem lá sozinhos, que eles se transformaram, de animais amáveis e sonolentos, em feras cheias de vida e energia para gastar. Eu me vi no meio de rugidos ensurdecedores, tão altos e fortes que matavam de pavor os oito tigrinhos! Vocês não tem idéia de como era lindo de se ver! Quando os grandões chegaram, os pequenos ficaram eufóricos, debruçados um em cima do outro, tentando vê-los correr. Mas a cada rugido que algum dos grandes dava, os pequenos desapareciam em milésimos de segundo, corriam um para cada canto, se escondiam dentro de pneus e tremiam dos pés à cabeça! INCRÍVEL! Eram crianças vendo os irmãos mais velhos, admirando, querendo ser como eles, mas ainda assim bebês assustados e desesperados. Juro que nunca senti uma coisa tão pura, tão gostosa! E eu queria aproveitar os minutinhos finais agarrando aqueles peludinhos, mas eles já não me davam mais bola! Só queriam ver seus musos inspiradores se divertirem.



Por mais que eu conte, não saberia descrever o quão incrível foi aquele momento para nós dois. Não vamos esquecer. Simplesmente não podemos!

Beijinhos,
Aline